1.7.13

Pietro Ubaldi, o Pensador do Terceiro Milênio

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYOKDU-BPHqZp4d0w3aJLXjIQS_dacX0rBkqW0G_5yEUhc8qLUc0-C_elcKXNaOndjRWCs5LJ25z9EWu0PHT7XrzEyNcv_wiCCzKcJ77D4iDuvy0oA6E2-XON76bf7zDibgpN8BbQHIw/s200/ubaldi.jpg
Pietro Ubaldi, o
Pensador do Terceiro
Milênio, o Apóstolo de Cristo.





Segunda-feira, 1 de julho de 2013



A CHEGADA DE PIETRO UBALDI AO BRASIL

Por Clóvis Tavares


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_E2WIxfIrRMrnWQTTAlyw9jfTXShrc0JZ1hu5cTU25IRUA6-Rwb7Gh6O6i9w6sovqChV1gZiIoxJEqOemH_2MqxWOTMUvu-i9JuSHC9M1KXQtChb8-witeRpX6LTQ46IRzNfT8faxJOf/s1600/PietroUbaldi1a.jpg



Foi em Campos. Estado do Rio de janeiro, que surgiu o singular movimento em favor de Pietro Ubaldi, dois anos antes de sua vinda ao Brasil. O movimento nasceu na Escola Jesus Cristo, liderado pelo seu fundador, Clóvis Tavares. Em poucos meses, já tínhamos certeza de sua amplitude e no Natal de 1949 estávamos fundando a Associação dos Amigos de Pietro Ubaldi (AÁPU), nas dependências da Escola, com a finalidade principal de divulgar o Pensamento Ubaldiano através de impressos, jornais, opúsculos etc.

No ano seguinte, em 1950, o movimento cresceu, com muitas adesões de várias cidades do Brasil, inclusive de São Paulo. Ele havia ganho outra dimensão, com um novo plano: promover a viagem do patrono da Associação à nossa pátria para fazer uma série de conferências. Agora, aquele movimento não era mais regional e, por forças das circunstâncias, estava se ramificando para todo o país. Clóvis, então, propôs à Diretoria que se fizesse uma pequena alteração no nome da AÁPU, passando a chamar-se Associação Brasileira dos Amigos de Pietro Ubaldi (ABÁPU). Esta Associação muito contribuiu para a vinda do conferencista em 1951 e divulgou suas obras em muitas cidades do Brasil e do exterior. Quando Pietro Ubaldi chegou ao Brasil, pediu que alterasse o nome para ABUC ( Associação Brasileira da Universidade de Cristo), porque a Obra é inspirada por Ele.

No primeiro semestre de 1951, intensificou-se ainda mais a campanha para a vinda de Pietro Ubaldi, prevista para o início do segundo semestre. São Paulo assumiu a responsabilidade do programa e das despesas correspondentes. A ABÁPU entrou com a sua participação, através de uma ajuda financeira e, sobretudo, fazendo com que nossa pátria acordasse para aquele conferencista tão importante, através dos meios de comunicação. Além disso, preparou-se para receber o visitante em Campos, com alojamento e instalações adequadas; locais para conferências e o indispensável a uma boa recepção.

A chegada de Pietro Ubaldi mereceu de José Américo Motta Pessanha, professor da Universidade do Rio de Janeiro, uma bela página, publicada em A Notícia, matutino de nossa cidade, em 31 de julho de 1951.

“Quando o sol se elevou ao céu, na manhã do dia 22, encontrou já no aeroporto do Galeão, no Rio de janeiro, um grupo de pessoas que, ansiosas e emocionadas, perscrutavam os horizontes ainda envoltos em neblina, em busca — olhos e corações — do avião que da Itália distante traria para o Brasil o querido Prof. Pietro Ubaldi.

E em expectativa crescente, as almas transbordantes de felicidade, o grupo aumentava, constituído agora não só de inúmeros diretores e componentes da ABÁPU, de Campos, como também de vários representantes da Comissão Central Pró-Visita Pietro Ubaldi, amigos e admiradores de São Paulo, Minas e Distrito Federal. Lá estava ainda, irradiando toda a alegria que lhe enchia o coração, o ilustre cientista centro-americano Dr. Piero Gatty que, acompanhado pela esposa, há mais de quatro anos deixou sua terra, num giro de conferências sobre temas baseados em A Grande Síntese, percorrendo diversos países da América Central e do Sul e que, numa felicíssima convergência de fatos, chegou ao Brasil justamente quando aqui era esperado o Missionário da Úmbria.

Enfim, aproximava-se o grande momento. As brumas desfeitas deixaram transparecer um firmamento de azul puríssimo. Todos buscavam o alto, procurando identificar o avião italiano. Comovidos e felizes aqueles olhos percorriam a amplidão luminosa, pois de lá o Professor desceria até nós... Foi quando se deu um fato de singular beleza e que, por todos presenciado, a todos encheu de entusiasmo, emoção e encantamento: a nossa atenção foi atraída por um bando de alvas pombas que surgidas repentinamente, sem que ninguém visse de onde, bem juntas, sós no céu azul, passaram sobre nós dispostas em ordem formando a princípio uma cruz, depois um V, que caminha pelo céu... 

A grandiosidade do espetáculo assim tão sugestivo impediu-nos de exteriorizar o mundo de alegria e arrebatamento de que todos estávamos possuídos... As palavras de surpresa e de júbilo mal puderam ser articuladas quando, diante de nossos olhos maravilhados, o alvissareiro bando desapareceu, num firmamento límpido, sem nuvens como se rasgando o azul, atrás dele, subitamente se ocultasse... Os corações transbordavam. E eis que, tal como se estivesse sendo guiado por aquelas aves brancas — naquele instante desaparecidas — surgiu, enfim, diante de nós, o esperado avião. As emoções se sucediam em tal rapidez e intensidade que a todos envolviam, a sufocar o peito.

Seguiu-se a busca ansiosa do vulto amado, dentre os passageiros que desciam. E então ele surgiu. Pisava em terra brasileira que, em cumprimento de sua missão apostólica, vinha trazer à Terra do Cruzeiro as mensagens de Verdade e de Amor, abrindo-nos as portas do Terceiro Milênio. O momento era por demais grandioso para ser descrito com palavras, ainda que banhadas de emoção incontida... Era o cumprimento de uma Divina Promessa que os séculos não apagaram. E a realização do sonho que inúmeros corações acalentavam com carinho. Era a concretização, diante de nós, do momento sublime que, embora desejado ardentemente, acenava até então como a imagem fugidia e inatingível de um anseio muito alto.

“Afinal! Afinal” — murmurou o Professor, comovido, apertando a mão de um amigo. Sim, também para ele era o realizar-se de um desejo imenso; para sua alma, que cumpria uma Promessa, a concretização de um sonho.

E todos o cercavam emocionadíssimos, em felicidade indescritível, desejosos de receber dele algumas palavras, de cumprimentá-lo ou de estreitá-lo, mesmo de longe, no coração em festa. E estes momentos iam sendo filmados e fotografados, a fim de que se gravassem, conservando-se para o futuro, aqueles instantes que se nos ligavam os mais belos e maiores de nossa vida.
Depois, o Professor Pietro Ubaldi deixou o aeroporto, em companhia de seus amigos, dirigindo-se para o hotel Serrador, onde deveria se hospedar.

O Brasil acabava de receber o mensageiro de Cristo.
E foi assim, que ele chegou, naquela radiosa manhã de julho, surgida dentre as brumas afastadas pelo sol.

Muito tempo passará ainda até que o nosso povo venha avaliar o significado grandioso desse acontecimento. Por enquanto, muitos dormem os instantes finais de uma grande noite. Mas todos, um dia, serão despertos e, afastadas as brumas e as trevas pela chegada da luz, verão surgir um outro firmamento azul e radioso... Será a alvorada do Mundo Novo — Reino de Deus para os homens”.




*