23.7.13

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Pietro Ubaldi, o
Pensador do Terceiro
Milênio, o Apóstolo de Cristo.


Segunda-feira, 23 de julho de 2013


CARTA A PIETRO UBALDI




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"S. Vicente, 18 de dezembro de1953.
Nazarius,

Respondo a sua carta de 17 de novembro. Tudo vai bem. A gripe acabou. Ficou só o esgotamento físico que estou curando.

Li, com prazer, que a viagem vai ser antecipada. Ótimo! Ficamos combinados que você chegará a S. Paulo e virá direto para o meu endereço, onde o espero. É bom que seu tio o leve á estação de ônibus, para Santos, e eu não precise ir buscá-lo na capital. O ônibus pode ser o Expresso Brasileiro (amarelo e verde), que é o melhor, e a estação fica na Av. Ipiranga. O prédio se chama “Iguassu” – é um arranha-céu de nove andares. Tome o elevador até o nono andar, onde está o meu apartamento, 92. Nós almoçamos, em geral a uma hora da tarde, talvez mais tarde até às duas horas. Se você chegar depois do almoço, aprontaremos qualquer comida. Escreva-me o dia da sua chegada, aqui em S. Vicente. Peça ao motorista para descer nesta cidade. A linha é S. Paulo – S. Vicente – Santos. O Edifício à beira-mar, perto do morro e de uma colina. Do outro lado está a Ilha Porchat.

Talvez em 26 de dezembro eu vá a Porto Ferreira, mas voltarei antes do Novo Ano. Se não receber outras notícias, estarei à sua espera no dia primeiro de janeiro, como já me falou em sua carta. Se eu não estiver aqui a família o espera da mesma forma.

Votos de felicidade pelo Natal, obrigado pelo seu cartão. Continuo trabalhando muito, esperando você.

Um grande abraço.
Pietro Ubaldi"

COMENTÁRIO
Numa carta anterior, não publicada neste volume, Pietro Ubaldi falou de sua gripe: “Há mais de 25 dias que estou gripado, com febre leve, mesmo assim viajei e trabalhei. Hoje decidi chamar o médico (o que não costumo). Ele me falou que eu preciso trabalhar menos, mas tenho deveres e compromissos e não posso ficar parado. Comecei a trabalhar na escola aos cinco anos. Ela é um trabalho para meninos.”

O reencontro começou na residência do Dr. Albano Seixas Filho (Vice-Presidente da ABUC), no início daquele ano, como passamos a relatar:
No verão (janeiro e fevereiro) de 1953, Professor Ubaldi e sua família passaram em Atafona – praia tranqüila, a 40km de Campos – na residência dos pais de José Américo Motta Pessanha, uma casa ampla e bem ventilada, lá não era necessário o “bel mughetto”.
José Américo foi titular da cadeira de Filosofia na Universidade do Brasil e se destacou no campo da filosofia, com vários livros publicados, e sempre encantou os ouvintes, com sua vasta cultura, nas muitas conferências pelo Brasil.

Quando retornaram de Atafona, ficaram três meses na residência do médico Dr. Albano Seixas Filho e do casal Iracema e Olímpio Magalhães, na Rua Lacerda Sobrinho, em Campos.
Numa sexta-feira, à noite, no mês de abril, Pietro Ubaldi fez uma palestra na Escola Jesus Cristo, a convite de Clóvis Tavares. A palestra foi brilhante, dentro do Evangelho, como se um discípulo de Cristo a fizesse naquele momento. Nazarius não pôde conter as lágrimas, tal foi a emoção. Após o término, entrou na fila para cumprimentar o palestrante. Abraçou-o e ouviu dele estas palavras: “você pode ir à casa de Dr. Albano, amanhã, às 9 horas?” Depois de receber a resposta afirmativa, voltou a dizer-lhe: “estarei esperando por você”.

No dia seguinte, no horário marcado, Nazarius chegou e o Professor já o esperava na sala de frente. Após os cumprimentos, Ubaldi lhe perguntou: por que estava tão emocionado? Aquele jovem lhe respondeu que parecia ouvir um apóstolo de Cristo falando do Verdadeiro Evangelho, como o Mestre fizera há dois mil anos. Pietro Ubaldi lhe falou ainda mais sobre o conteúdo da palestra. A seguir começou a falar de si, de sua vida particular. Revelou segredos desconhecidos, até dos amigos mais íntimos. Nazarius ficou perplexo: estava diante de um homem que era, ao mesmo tempo, gênio e santo. Havia lido Kardec e toda bibliografia espírita. Orientado por Clóvis Tavares, além dos livros espíritas, leu vidas de alguns santos: assim, estava biologicamente maduro para reencontrar-se com o missionário de Cristo.

Se houvesse parâmetro para compará-lo a seres angélicos, colocá-lo-ia abaixo de S. Francisco de Assis. Recordava-se e conhecia bem o papel de Frei Leão na vida de S. Francisco; aquele soube guardar, no fundo do coração, os segredos deste e foi seu fiel discípulo, junto dos demais. Nazarius percebeu imediatamente, qual deveria ser o seu comportamento, guardando as devidas distâncias espirituais, diante daquelas revelações e qual o seu destino depois do encontro com Pietro Ubaldi.

Desde 1949, quando a Obra de Pietro Ubaldi começou a ser divulgada na Escola Jesus Cristo, por Clóvis Tavares, Nazarius se tornou um apaixonado por ela e se identificou com o seu conteúdo. Sua idade era de 20 anos. Em 1953, conhecia toda a primeira parte da Obra, escrita na Itália e publicada no Brasil pela LAKE ( Livraria Allan Kardec Editora ).




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