2.1.12

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYOKDU-BPHqZp4d0w3aJLXjIQS_dacX0rBkqW0G_5yEUhc8qLUc0-C_elcKXNaOndjRWCs5LJ25z9EWu0PHT7XrzEyNcv_wiCCzKcJ77D4iDuvy0oA6E2-XON76bf7zDibgpN8BbQHIw/s200/ubaldi.jpg
Pietro Ubaldi, o
Pensador do Terceiro
Milênio, o Apóstolo de Cristo.





Segunda-feira, 2 de janeiro de 2011


A ÁRVORE E OS FRUTOS



POR JOSÉ AMARAL


https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgy_E2WIxfIrRMrnWQTTAlyw9jfTXShrc0JZ1hu5cTU25IRUA6-Rwb7Gh6O6i9w6sovqChV1gZiIoxJEqOemH_2MqxWOTMUvu-i9JuSHC9M1KXQtChb8-witeRpX6LTQ46IRzNfT8faxJOf/s1600/PietroUbaldi1a.jpg



Pietro Ubaldi era o penúltimo dos sete filhos, entre os vivos, do casal Lavinia e Sante Ubaldi.

Sante Ubaldi, homem dinâmico e de bons hábitos, pobre e honrado, tinha um nome a zelar. Filho de Illuminato Ubaldi e Rita Mancini Ubaldi; irmão de Ubaldo, Antero, Feliciano e Margherita. Família composta de seis pessoas que tiveram de lutar bravamente pela sobrevivência. Nesse ambiente de muito trabalho viveu Sante Ubaldi, sem ambicionar coisa alguma, porque seus pais não dispunham de recursos materiais, nem se preocupavam com isso. Nasceram pobres e assim viveram. Deram a seus filhos o melhor que puderam: educação, religião, honradez, trabalho e honestidade.

Lavínia Alleori, filha do casal Maria Benedetti e Giovanni Batista Alleori, era a única herdeira do titulo de Condessa e de riqueza material, deixada pelos pais. Era muito piedosa, mas habituada a uma vida palaciana. Quis o bom Deus que seu destino e seus dotes fossem parar nas mãos e no coração de Sante Ubaldi, em 1870, e deste casal nascesse um dos filhos que iria provocar uma grande revolução espiritual no mundo.

Desse consórcio, nasceram: Giovanni Batista, Giuseppe, Augusto (falecido aos dois anos), Augusto (novamente), Maria (falecida aos 12 anos), Pietro e Maria (residente em Foligno). A vida mudou para a Senhora Lavínia, depois do casamento, porque ela, mulher dinâmica, passou parte de sua vida administrando os bens, juntamente com o esposo.

Ubaldi, continuamente, fazia referencia a seus pais como pessoas boníssimas, amantes da vida e do trabalho. Seu pai gostava de estar sempre junto da família e orar na capela da Imaculada Conceição, no interior do palácio, sua residência. Dessa maneira, todos os filhos receberam ao lado dos rigores de uma vida palaciana, excelente educação religiosa e cultural, inclusive curso superior. Cultura, religião, trabalho, disciplina amor e riqueza, nunca faltaram naquele lar de grande notoriedade, numa cidade tão pequena, como Foligno.

A bondade, tão difícil neste planeta, reinava no Palácio Alleori Ubaldi. Era uma bondade sem barulho sem promoção.

Quando a genitora de Pietro Ubaldi faleceu, em 1935, o jornal, a Gazzeta di Foligno, de 2 de novembro prestou àquela bondosa Senhora significativa homenagem, com a publicação desta noticia:

“Na manhã de 28 de outubro, após receber os sacramentos da igreja e uma bênção particular do Sumo Pontífice, passou para uma vida melhor a Senhora Lavínia Alleori Ubaldi, depois de rápida enfermidade, com a idade de 84 anos.

Filha de Giovanni Batista Alleori, que, pelos nossas lembranças, foi administrador correto, íntegro para com as coisas públicas e particulares.

Ela, esposa de Sante Ubaldi, que deixou com sua passagem as marcas de extrema dedicação, honestidade e justiça, viveu sempre em paz com sua consciência. Encaminhou os filhos dentro da religião, fazendo crescer, em todos, o culto à virtude e à sabedoria; não descurou das boas qualidades indispensáveis ao lar, nas quais plasmou sua alma. Que boa ação praticou a Senhora Lavínia, sem propalar aos outros? Era muito piedosa, praticava a beneficência sem se fazer notar. Modesta e silenciosa, fazia o bem com a mão direita, sem que a esquerda soubesse. Raramente seu nome foi citado como benemérita, mas era comum fazer o bem, doando importâncias significativas aos pobres e necessitados.

Há uma obra de benemerência muito importante ao seu coração bondoso: a Escola Palestina, para os filhos dos mais necessitados, iniciada há cerca de um século, com objetivos filantrópicos.

A Senhora Lavínia e seu esposo fizeram construir uma belíssima sede, dentro dos melhores padrões didáticos e higiênicos, tornando-se a primeira instituição desta cidade. Centenas de crianças e jovens são fartamente nutridos do pão material, ético e espiritual. É um verdadeiro monumento da caridade cristã. Para esta Senhora, em favor de sua alma, o Santo Padre Pio XI mandou sua bênção consoladora, acompanhada da cruz pontifícia e eclesiástica. O Sumo Pontífice exaltou, ainda, a obra santa e corajosa realizada pela saudosa Lavínia Alleori Ubaldi.

Na Catedral, houve um ato solene, dedicado a sua alma, com pequenas orações e músicas do Maestro Perosi, cantadas pelos alunos da Escola Santa Cecília.

Às 16:30h, uma multidão acompanhou o longo cortejo fúnebre, ordenadamente, em duas filas. Respeitosamente, seus funerais atravessaram toda a cidade dentro de um ritual solene. Monsenhor Faveri, na missa de corpo presente, recordou, com admiração, a vida benemérita da Senhora Lavínia Ubaldi, mostrando, em breves palavras, toda a sua bela obra, feita com profundo espírito evangélico, oculta e silenciosamente. Ela prestou benefícios aos desfavorecidos da sorte e ao Instituto Palestino, do qual foi inteligente e laboriosa presidente.

Foligno, sem exaltação e sem bajulamento algum, rendeu significativa homenagem póstuma à Senhora Lavinia Alleori Ubaldi, expressando através do culto religioso sua profunda gratidão.

À família — filhos, filha, noras, genro e netos — as condolências de nosso jornal”.

Foi nesse ambiente, de exemplos dignificantes, que Pietro Ubaldi viveu sua infância e juventude. Mais tarde, em sua fase missionária, ele escreveu que o ser humano é produto dos pais, do meio ambiente e das experiências adquiridas (desta e de outras vidas). Ele próprio exerceu um ministério em que o passado foi altamente significativo.